Não importa onde você parou… Em que momento da vida você cansou… O que importa é que sempre é possível recomeçar. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo… É renovar as esperanças na vida e, o mais importante… Acreditar em você de novo. Sofreu muito neste período? Foi aprendizado… Chorou muito? Foi limpeza da alma… Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia… Sentiu-se só diversas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos… Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora… Onde você quer chegar? Ir alto? Sonhe alto… Queira o melhor do melhor… Se pensarmos pequeno… Coisas pequenas teremos… Mas se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente, lutarmos pelo melhor…O melhor vai se instalar em nossa vida. Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura”. Carlos Drummond de Andrade
Um dos momentos inesquecíveis da vida de qualquer criança é quando, pela primeira vez, ela junta uma letrinha, mais outra e mais várias delas e começa a... ler! É uma conquista tão importante que será lembrada pelo resto de sua vida e abrirá, a cada dia, uma nova janela para o mundo".
Um antropólogo fez uma brincadeira com as crianças de uma tribo africana. Ele colocou um cesto cheio de frutas junto a uma árvore e disse para as crianças que o primeira que chegasse na árvore ganharia todas as frutas. Dado o sinal todas as crianças saíram ao mesmo tempo ... e de mãos dadas! Então sentaram-se juntas para aproveitar da recompensa. Quando o antropólogo perguntou porque eles haviam agido desta forma sabendo que um entre eles poderia ter todos os frutos para si, eles responderam: "Ubuntu, Como um de nós pode ser feliz se todos os outros estiverem tristes?" UBUNTU na cultura Xhosa significa: "Eu sou porque nós somos"
“E
preciso reunir religião e ciência, matemática e música, medicina e
cosmologia, corpo, mente e espírito em uma inspirada e luminosa
síntese.” - Johannes Kepler
"Ilumina a estrada de alguém e estarás iluminando a ti mesmo. Abençoa o próximo e teus caminhos se farão abençoados. Ajuda-te sempre, especialmente ajudando aos outros e o céu te ajudará."
De broto tenro a caule verde e firme, nascemos no mundo com um formidável impulso de viver. Para romper a casca da semente, para atravessar a grossa camada de terra, é preciso uma energia sem limites. O Ching, livro milenar chinês, chama essa fase de irromper. E é exatamente com esse vigor que rompe que a criança se coloca no mundo. Mas como o sol e água moldam a planta, a realidade circundante também irá influenciar seu caráter. É o tempo da formação do eu e do controle dos impulsos, da aprendizagem por meio de acertos e erros, do poder do não. Também é a época de encantamentos com a vida, da alegria sem causa aparente, da leveza e da brincadeira, do desabrochamento de potencialidades e talentos. E, assim, o ser se tornará flor aberta, pronta a ser polinizada.
Verão
Fisicamente, estamos plenos. Hormônios nos afinaram a cintura ou formaram músculos rijos. Todo ser parte à procura do seu par, se abre para experiências e se lança para o externo. Estamos apaixonados pelo mundo, identificados com ele, e numa intensa busca pelo nosso lugar na vida. Viagens nos farão ir mais longe, amores nos farão compreender a diversidade dos relacionamentos e o corpo será uma inesgotável fonte de prazeres. É um tempo solar, intenso, provocante, de muitas ambições e realizações. E, num determinado momento, iremos procriar, dar frutos para a vida, e perpetuar a espécie. A natureza será grata, mas deixaremos de ser importantes para ela. O mundo nos deixará livres e mais tranquilos para o intenso mergulho interno do próximo ciclo.
Outono
Por volta dos 35 anos, surgem as questões profundas da alma: o que estou fazendo neste mundo? Qual é o propósito da existência? Quem sou eu? O psicanalista suíço Carl Gustav Jung chamava essa fase de metanoia, ou mudança de direção. Antes, íamos em rumo ao externo, agora, nossa atenção volta-se para o que ocorre internamente. Se na fase anterior fazíamos de tudo para conquistar valores materiais, ocupar cargos e manter relacionamentos, nesse momento, isso é questionado. O externo, aos poucos, vai deixando de ter importância, para que aflorem as questões e os interesses da alma. Tal como o outono da natureza, é uma época dourada, rica, de colher o que fizemos, materialmente e existencialmente. Mas é também um tempo de conflitos internos. Essa é a pressão necessária para alinhar nossa alma com nosso propósito de vida.
Inverno
Como as árvores ressequidas no campo, nosso caminho agora é mais solitário. A vida, enquanto natureza, retira-se do organismo. Hormônios, água e vitalidade diminuem. É como se o corpo encolhesse para dar à luz uma alma plena e sábia. Enfrentamos limites cada vez mais severos de mobilidade, de força e energia, de possibilidade de realização. Mas, se vivemos as outras fases plenamente, nos restará um recolhimento sereno. É o tempo de compartilhar histórias de vida, pois elas são os frutos que deixamos para o mundo. Na cultura indiana, nessa fase as pessoas se retiram para ahsrams, comunidades espirituais, para preparar o caminho para a vida imaterial que nos aguarda com práticas, mantras e orações. O ciclo se fecha. E tão mais precioso será esse fecho quanto mais sábios formos. Pois é a sabedoria, a iluminação da consciência e do espírito, o verdadeiro presente que a vida quer nos dar.
Curioso como a química corporal reage ao nosso pensamento. Sem saber se o que se passa pela mente é real ou inventado, o cérebro já se antecipa e dispara uma série de reações fisiológicas capazes de afetar tanto nosso estado físico quanto emocional. A explicação vem da neurociência. “Quando nos imaginamos numa situação de muito medo, a sensação de ameaça estimula o cérebro a liberar adrenalina, cujos efeitos são contração muscular, aceleração no ritmo cardíaco e respiração ofegante. Já fantasiar uma cena altamente prazerosa incentiva a produção de endorfina, substância que traz alívio e relaxamento”, explica a psicóloga Isolina Maria Proença, do Centro Psicológico de Controle do Stress, em Campinas, interior paulista. Na prática, sofremos uma consequência direta do que pensamos E, quanto mais idílicas forem as cenas visualizadas, maior bem-estar o organismo sentirá. A seguir, seis técnicas de visualização para proporcionar bem-estar e realização
1.Interromper pensamentos de preocupação
Chamada de parada de pensamento, esta técnica destina-se a eliminar a ruminação de preocupações. Feita antes de dormir, diminui a agitação mental, que provoca insônia.
• Sentado, feche os olhos e respire profundamente algumas vezes.
• Imagine que está olhando para uma tela em branco bem grande.
• Devagar, monte a palavra PARE! Letra por letra, cada uma delas com forma e cor diferente das demais.
• Concentre a atenção na imagem da palavra enquanto diz para si mesmo mentalmente: “Você está pensando catastroficamente, negativamente. Seus pensamentos são irreais. Você está tenso”.
• Respire três vezes bem devagar e profundamente.
• Agora pense que está vivenciando uma experiência prazerosa – pode ser caminhar numa praia, brincar com um animal de estimação, seu primeiro beijo. Se quiser, inclua outros sentidos na visualização: imagine que está sentindo um cheiro gostoso, ouvindo uma música agradável ou tocando algo que lhe traz sensação de aconchego.
• Depois de cerca de dez ou 15 minutos, abra os olhos.
Fonte: Isolina Maria Proença, psicóloga do Centro Psicológico de Controle do Stress
2. Sem nenhuma mágoa
Não há tempo definido para a duração desta prática, e ela pode ser feita sempre que você se pegar remoendo um incidente que o magoou.
• Sentado, feche os olhos e deixe a respiração adquirir um ritmo tranquilo, natural.
• Preste atenção nas tensões do seu corpo, dos pés à cabeça, sobretudo nos ombros e no queixo. Procure relaxar, sentindo a leveza se espalhar pelo corpo.
• Imagine que sua mágoa tem a forma de um grande bloco de gelo.
• Visualize esse bloco de gelo em seus braços. Perceba o frio, o peso e o esforço que você tem de fazer para carregá-lo.
• Com o bloco nos braços, caminhe por uma trilha que conduz a um riacho. Durante o percurso, raios de sol começam a aquecer você e pequenas gotas de água se desprendem do gelo.
• Chegue ao riacho e entre em suas águas limpas.
• Observe o gelo derretendo por entre seus braços. Rapidamente o bloco começa a se desfazer, misturando-se à água do riacho.
• Perceba a mágoa indo embora, seguindo o fluxo das águas. Ela se dissipa e a ferida que mantinha você imóvel é curada.
Fonte: Rita Diz Bueno, psicoterapeuta junguiana
3. Desejos materializados
Esta técnica consiste na visualização daquilo que se deseja obter, seja na área financeira, profissional, da saúde, seja na dos relacionamentos. Deve ser feita diariamente, de preferência pela manhã, ao acordar, ou à noite, ao se deitar.
• Sentado e de olhos fechados, respire fundo.
• Dê uma ordem de relaxamento a cada uma das partes de seu corpo, numa sequência que começa nos pés e termina no alto da cabeça. Ao fazer isso, perceba que os músculos vão se distendendo e que você se sente cada vez mais tranquilo e relaxado.
• Imagine a situação desejada com todos os detalhes e procure colocar bastante cor e luminosidade na cena que você está criando. Se seu desejo é arrumar um emprego, visualize-se empregado, numa empresa e com um salário que satisfazem às suas necessidades. Veja-se feliz nesse local, rodeado de pessoas que querem sua presença ali. Se seu desejo é um bem material, visualize que você já o possui, o está usando e sente um grande prazer com isso. Caso deseje criar mais harmonia no convívio doméstico, visualize uma cena agradável em família: por exemplo, um jantar farto e saboroso, onde estão todos alegres, tratando-se com gentileza.
• Procure perceber os sentimentos positivos que surgem com a visualização e imagine que os está emanando para fora de você, em direção ao Universo. Enquanto faz isso, concentre-se na certeza de já ter conseguido realizar seu desejo. Quando sentir que conseguiu expressar exatamente o que quer, finalize a visualização e respire profundamente.
Fonte: Fátima Valverde Gimenez, professora de cursos de visualização criativa
4. Alívio das dores
Seja qual for o tipo de dor, este exercício traz maior conforto para o corpo. O tempo de duração dependerá do necessário para amainar o sintoma.
• Feche os olhos e faça cinco respirações profundas.
• Observe mentalmente cada parte do seu corpo e procure relaxar aquelas que estão mais tensas.
• Pense que sua dor é uma nuvem escura acima da sua cabeça, e que você a está segurando por uma cordinha. Repare na textura, na forma e no tamanho da nuvem.
• Visualize-se soltando a cordinha e deixando a nuvem subir para o céu. Observe-a mudando de cor, ficando menor e subindo cada vez mais alto, até se dissipar e desaparecer.
• Observe também se a intensidade da dor diminuiu.
• Ao abrir os olhos, você estará pronto para voltar às suas atividades.
Fonte: Maria Isabel Serafim Trench, psicóloga do Cora – Centro Oncológico de Recuperação e Apoio, de São Paulo
5. Em situações de indecisão
Por meio desta visualização, entramos em contato com uma parte mais profunda dentro de nós, que é madura e sábia – nosso “guia interno”. Convém reservar 30 minutos para praticá-la.
• Sente-se e feche os olhos.
• Faça algumas respirações abdominais: inspire enchendo o abdome e expire fazendo-o se retrair.
• Retome a respiração normal e conte de um a dez. A cada número, diga para si mesmo: “Meus músculos ficam cada vez mais relaxados. Respiro profundamente. Estou tranquilo”.
• Quando chegar ao número dez, veja-se num lugar bonito, junto à natureza. Imagine os detalhes da cena, as cores, os ruídos e os cheiros. Há uma trilha ali. Você está andando por ela.
• A trilha leva ao topo de uma montanha e você está subindo por ela, sem esforço.
• Ao chegar ao topo, existe uma gruta. Peça permissão para entrar e vislumbre, lá dentro, na penumbra, um sábio.
• Mentalmente, faça ao sábio a pergunta relacionada à sua indecisão, de forma objetiva. Deixe a pergunta com ele e agradeça a ajuda, sabendo que a resposta virá. (Ela pode vir imediatamente, através de uma frase do sábio, de uma imagem ou de uma intuição; ou pode demorar um pouco, surgindo num sonho, num encontro, numa leitura casual.)
• Despeça-se do sábio e faça o caminho de volta. Quando chegar a seu ponto inicial, conte de dez a um repetindo, a cada número, para si mesmo: “Estou ficando cada vez mais consciente”.
Fonte: Thaís Petroff, psicóloga cognitivocomportamental com formação em PNL
6. Contra a ansiedade
Esta visualização deve ser feita durante três minutos. Embora o ideal seja estar na posição sentada, há ocasiões em que não há uma cadeira à disposição. Nesse caso, a prática pode ser feita de pé.
• Diga para si mesmo que sua intenção com este exercício é combater a ansiedade.
• Feche os olhos e faça três respirações, da seguinte maneira: expire pela boca e então inspire pelo nariz; depois novamente expire e inspire; e por fim apenas expire. As expirações devem ser longas e lentas, e as inspirações, feitas normalmente. Todo o processo deve ser realizado sem esforço.
• Passe a respirar normalmente, pelo nariz, e visualize-se entrando num lindo prado.
• Ao inspirar, veja-se absorvendo uma luz azuldourada – uma mistura do Sol dourado brilhante e do céu azul sem nuvens.
• Ao expirar, imagine que o gás carbônico que sai de seus pulmões tem a forma de uma fumaça cinza, que se afasta e desaparece.
• Visualize a luz azul circulando pela sua corrente sanguínea. Ela atinge todas as partes do interior do seu corpo e o ajuda a se tranquilizar.
• Agora, outro raio da luz azul circula pela ponta de seus dedos das mãos e para além delas, até circundar seu corpo com um brilho azul de safira.
• Sinta a luz interna e a externa começando a se juntar. Seu corpo é uma ponte que está permitindo essa ligação. Quando você vir as luzes azuis unidas, sinta que sua ansiedade passou. Abra os olhos.
Fonte: Imagens Que Curam, de Gerald Epstein, Ágora.